COMBATENDO
O BOM COMBATE
“Quanto
a mim, minha vida já foi derramada como oferta para Deus. O tempo de minha
morte se aproxima. Lutei o bom combate, terminei a
corrida e permaneci fiel.” 2 Timóteo
4:6,7
É muito comum em
países europeus e até mesmo nos EUA, existirem condomínios de veteranos de
guerra, soldados que enfrentaram batalhas e estiveram frente a frente com o
inimigo.
Muitos mutilados
fisicamente, outros psicologicamente.
É comum contarem suas
história de batalhes e mostrarem suas cicatrizes de guerra, suas mutilações.
Na verdade essas cicatrizes
representam A GLÓRIA, as lembranças mais honradas, a prova de que fizeram algo
importante, prova de que estiveram frente a frente com o inimigo, frente a
frente com a morte, mas não recuaram, não cederam a posição e por isso foram
feridos.
Muito mais importante
do que suas medalhas, são suas cicatrizes que justificaram essas medalhas, que
honra o seus esforços e coragem atestando-os como combatentes valiosos.
Isso não significa
que não tiveram medo, que não se assustaram, que não tiveram vontade de
desistir e fugir do front.
Mas significa que
mesmo passando por esses percalços, mesmo com medo e assustados, mesmo com
vontade de desistir, eles permaneceram, pagando o preço e recebendo essas
marcas e mutilações como recompensa.
Paulo nos parece
neste texto com um desses veteranos, no final da carreira.
Notoriamente ele não
menciona um sentimento de derrota diante de seus algozes.
Antes de olhar para a
faca que lhe abaterá, Paulo olha para suas marcas, para suas cicatrizes e
reconhece que combateu o bom combate.
Depois de uma
carreira sofrendo perseguições, sofrendo falta de tudo, sofrendo
apedrejamentos, sofrendo surras e ataques covardes, Paulo reconhece essas tribulações como cicatrizes de honra e de glória
por uma batalha em que lutou pelo mais importante, em que lutou por algo muito
maior que suas “pequenas marcas”.
“Pois estas aflições pequenas e momentâneas que
agora enfrentamos produzem para nós uma glória que pesa mais que todas as
angústias e durará para sempre.” 2 Cor. 4:17
É incrível como Paulo
encarava as dificuldades as tribulações e açoites, observe:
São servos de
Cristo? Sei que dou a impressão de estar louco, mas digo que tenho servido
muito mais. Trabalhei com mais dedicação, fui encarcerado com mais frequência,
perdi a conta de quantas vezes fui açoitado e, em várias ocasiões, enfrentei a
morte. Cinco vezes recebi dos líderes judeus os trinta e nove açoites. Três
vezes fui golpeado com varas. Fui apedrejado uma vez. Três vezes sofri
naufrágio. Certa ocasião, passei uma noite e um dia no mar, à deriva. Realizei
várias jornadas longas. Enfrentei perigos em rios e com assaltantes. Enfrentei
perigos de meu próprio povo, bem como dos gentios. Enfrentei perigos em
cidades, em desertos e no mar. E enfrentei perigos por causa de homens que se
diziam irmãos, mas não eram. Tenho trabalhado arduamente, horas a fio, e passei
muitas noites sem dormir. Passei fome e senti sede, e muitas vezes fiquei em
jejum. Tremi de frio por não ter roupa suficiente para me agasalhar. Além disso
tudo, sobre mim pesa diariamente a preocupação com todas as igrejas. Quem está
fraco, que eu também não sinta fraqueza? Quem se deixa levar pelo caminho
errado, que a indignação não me consuma? Portanto, se devo me orgulhar, prefiro
que seja das coisas que mostram como sou fraco. Deus, o Pai de nosso Senhor
Jesus, que é digno de louvor eterno, sabe que não estou mentindo. Quando estava
em Damasco, o governador sob o rei Aretas pôs guardas às portas da cidade para
me capturar. Para escapar dele, tive de ser baixado num cesto grande, de uma
janela no muro da cidade. 2 Cor. 11:23-33
Paulo estava cheio de
marcas e cicatrizes de suas batalhas em defesa do evangelho, cicatrizes de
injustiça, de ataques brutais, perseguições e humilhações de todo tipo.
Mas não olhava para
elas com tristeza se sentindo injustiçado, pois elas eram marcas de coragem, de
sobrevivência e de vitória.
Considero que nosso
sofrimento de agora não é nada comparado com a glória que ele nos revelará mais
tarde. Romanos 8:18.
Qual têm sido suas
marcas? Qual têm sido suas cicatrizes, ainda são feridas, ou já cicatrizaram? O
que elas têm produzido em você?
Há uma diferença
entre cicatrizes e feridas.
Feridas ainda doem,
ainda sangram necessita de cuidados e atenção e nos limitam de fazer algo.
Por exemplo, uma
ferida nos pés dificulta a nossa caminhada, e nos impedem de correr.
Mas se for uma
cicatriz corremos normalmente, ela não nos limita de nada.
Talvez você ainda
tenha feridas a serem cicatrizadas, geradas quem sabe por um abandono, do pai!!
Da mãe!! De um cônjuge!! De um companheiro de batalha que lhe deixou sozinho no
combate!!
Talvez suas feridas
são da falta de reconhecimento pelo se esforço e trabalho!!!
Mas quero lembrar-te
que o reconhecimento dos homens pelo trabalho de Paulo estava representado pela
faca que estava a alguns centímetros de seu pescoço!!
Mas o reconhecimento
do Senhor estava logo após a faca, porque logo após ela vem a Glória Eterna.
No Senhor não há
apenas o reconhecimento, pois Ele sempre esteve ao seu lado, e compartilhou da
sua dor a cada cicatriz que foi gerada em você, Ele esteve lá, você não passou
sozinho. Ele sentiu e viveu cada golpe contigo.
Mas está na hora de
cicatrizar, está na hora de você permitir que essa ferida seja curada, seja
fechada.
Você precisa entender
que há uma guerra acontecendo ao nosso redor, e é natural por ela sermos
atingidos e feridos.
Mas precisamos ser
restaurados para seguir em frente, precisamos de cura nas feridas, para
podermos lutar.
É tempo de olharmos
para as marcas de guerra, que a vida tem nos tatuado no corpo, na alma, no
coração e entendermos que nada será em vão se continuarmos a combater o bom
combate.
Só será em vão se
desistirmos de lutar. Se não permitimos que as feridas sequem, que se tornem
cicatrizes logo, para seguirmos adiante.
Há um bálsamo
preparado pelo Deus vivo, Ele mesmo sarará nossas feridas e reconhecerá cada
marca de guerra com um galardão especial.
Não se entristeça
mais ao olhar para as marcas, saiba que só exibe marcas quem sobrevive, você é
um sobrevivente, o Senhor diz que você é mais que vencedor.
É preciso continuar a
luta, é preciso seguir em frente, sabendo que os tempos são de guerra, que
estamos alistados para lutar, o bom guerreiro não desiste, não olha pra trás,
não fica alimentando as feridas, mas permite que elas cicatrizem logo para
continuar a peleja.
Assim foi com Paulo,
que não lamentava suas marcas de batalha, mas olhava para frente sabendo que
sua luta não era em vão, pois o Senhor estava com Ele.
Vai valer a pena,
olhe para suas marcas de uma forma diferente a partir de hoje, como um veterano
de guerra que apresenta-as com sinal de
glória, como prova de sobrevivência, como prova de que você não recuou.
Precisamos ter a
certeza a cada final de dia, de que assim como Paulo combatemos o bom combate,
lutamos pelo que importava lutar, sobrevivemos, e não lamentamos as feridas,
pois elas se tornaram cicatrizes, marcas de uma batalha que já vencemos em
Cristo Jesus.
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