quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Mensagem 004/2020

 

RECONSTRUINDO OS MUROS DA FÉ

“Naquele mesmo dia, dois dos seguidores de Jesus caminhavam para o povoado de Emaús, a onze quilômetros de Jerusalém.

No caminho, falavam a respeito de tudo que havia acontecido.

Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a andar com eles.

Os olhos deles, porém, estavam como que impedidos de reconhecê-lo.

Jesus lhes perguntou: “Sobre o que vocês tanto debatem enquanto caminham?”. Eles pararam, com o rosto entristecido.

Então um deles, chamado Cleopas, respondeu: “Você deve ser a única pessoa em Jerusalém que não sabe das coisas que aconteceram lá nos últimos dias”.

“Que coisas?”, perguntou Jesus. “As coisas que aconteceram com Jesus de Nazaré”, responderam eles. “Ele era um profeta de palavras e ações poderosas aos olhos de Deus e de todo o povo.

Mas os principais sacerdotes e outros líderes religiosos o entregaram para que fosse condenado à morte e o crucificaram.

Tínhamos esperança de que ele fosse aquele que resgataria Israel. Isso tudo aconteceu há três dias.

“Algumas mulheres de nosso grupo foram até seu túmulo hoje bem cedo e voltaram contando uma história surpreendente.

Disseram que o corpo havia sumido e que viram anjos que lhes disseram que Jesus está vivo.

Alguns homens de nosso grupo correram até lá para ver e, de fato, tudo estava como as mulheres disseram, mas não o viram.”

Então Jesus lhes disse: “Como vocês são tolos! Como custam a entender o que os profetas registraram nas Escrituras!

Não percebem que era necessário que o Cristo sofresse essas coisas antes de entrar em sua glória?”.

Então Jesus os conduziu por todos os escritos de Moisés e dos profetas, explicando o que as Escrituras diziam a respeito dele.

Aproximando-se de Emaús, o destino deles, Jesus fez como quem seguiria viagem,

mas eles insistiram: “Fique conosco esta noite, pois já é tarde”. E Jesus foi para casa com eles.

Quando estavam à mesa, ele tomou o pão e o abençoou. Depois, partiu-o e lhes deu.

Então os olhos deles foram abertos e o reconheceram. Nesse momento, ele desapareceu.

Disseram um ao outro: “Não ardia o nosso coração quando ele falava conosco no caminho e nos explicava as Escrituras?”.

E, na mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém. Ali, encontraram os onze discípulos e os outros que estavam reunidos com eles, que lhes disseram: “É verdade que o Senhor ressuscitou! Ele apareceu a Pedro!”.

Então os dois contaram como Jesus tinha aparecido enquanto andavam pelo caminho, e como o haviam reconhecido quando ele partiu o pão.

Enquanto contavam isso, o próprio Jesus apareceu entre eles e lhes disse: “Paz seja com vocês!”.

Eles se assustaram e ficaram amedrontados, pensando que viam um fantasma. Lucas 24:13-37

 

Essa é a conhecida história dos discípulos do Senhor, que depois de verem seu mestre sendo crucificado e sepultado, saem triste pelo caminho para voltarem a Emaús.

Muitos se impressionam com esta história. E sempre fica aquela pergunta, como podem estarem tristes e desanimados aqueles que andaram com Jesus? Viram milagres, curas, multiplicação de pão, livramentos, e tantas outras maravilhas, e agora estavam voltando para casa, entristecidos, sem entender o cumprimento da palavra do Senhor?

Parece que o Muro da Fé havia sido rompido, derrubado e violado na vida destes discípulos.

Como Discípulos eles antes, caminhavam no caminho certo, crendo em Jesus, seguindo ao mestre. Suas Muralhas da fé, pareciam impenetráveis.

Mas, chegou o dia da prisão, da tortura, e da morte do mestre. Quando isso aconteceu as Muralhas da fé desses homens desabaram... eles ficaram fragilizados, expostos e temerosos, por isso decidiram regressar a Emaus.

Muitas situações ocorrem ao nosso redor nos dias de hoje, e quem sabe estejam abalando ou derrubando as Muralhas da nossa fé.

Situações inesperadas, decepções, tragédias, problemas, tantas coisas, que se não estivermos atentos, podem derrubar nossas Muralhas da fé, e enfraquecer-nos de tal maneira, que corremos o risco de sair do caminho.

E esse enfraquecimento, a queda das muralhas da fé, é algo terrível.

Observe que os discípulos receberam a companhia de Jesus nesta caminhada de 11km, e mesmo estando 03 anos ao lado do mestre, não o reconheciam, nesta caminha.

Precisamos restaurar as Muralhas da fé, para reconhecermos que o Senhor não nos abandonou, não é porque os problemas vieram, não é porque as coisas não estão do jeito do que queremos que o Senhor nos abandonou.

Nossa fé pode ter enfraquecido, nossas muralhas podem ter desabado, mas o Senhor não muda, Ele é Deus, Ele é fiel, Ele não se abala, mas permanece para sempre.

Precisamos conhecer o Deus que servimos.

Aqueles jovens achavam que Jesus viria para libertá-los de Roma, sentar-se no trono e reinar. Não conheciam o mestre a quem seguiam.

Quem sabe precisamos aprender a conhecê-lo também.

Corremos o risco de colocar expectativas irreais sobre quem é Jesus.

As pessoas costumam aceitar tudo o que vem de bom da parte do Senhor.

Quando tudo está dando certo. Mas, se as coisas começam a dar errado, culpam a Deus, ou acham que Ele não se preocupa ou não tem poder para mudar o cenário, e isso faz com que a muralha da fé desabe.

Porque está focado em algo que o Senhor não prometeu.

Jesus disse NO MUNDO TEREIS AFLIÇÕES. Isso é parte do Evangelho.

Não podemos nos enganar, mas precisamos estabelecer nossa fé, criar alicerces para as muralhas da nossa fé, sabendo que o Senhor sabe o que é melhor para nós, e que ele está no controle de tudo.

Há pessoas que buscam a Deus não pelo que Ele é, mas porque querem a resolução de seus problemas.

Querem restaurar seus casamentos, querem cura para suas doenças físicas e da alma, querem uma casa, um carro, querem resolver seus problemas financeiros, querem tudo! Querem a benção de Deus, mas não o Deus da benção! E ainda querem do jeito que eles imaginam! E como se não bastasse, não creem no sobrenatural de Deus.

Não importa a pandemia, não importa o que aconteceu ou vem acontecendo em nossas vidas, precisamos restaurar as muralhas da nossa fé, para que nenhum tipo de vento de sofismo, nenhum tipo de humanismo ou crenças folclóricas venham penetrar a fortaleça do nosso coração.

Demorou, mas aqueles discípulos caíram em si.

Precisaram ver um gesto que conheciam para reconhecer o mestre, isto os despertou... voltaram correndo para Jerusalém, e anunciaram aos demais o que tinha lhes acontecido.

Mas, perceba que enquanto contavam a história, Jesus lhes aparece novamente, agora a vista de todos, e qual foi suas reações???

Se assustaram achando que era um fantasma.

Embora parecesse que a as Muralhas da fé, tinha sido restabelecida na primeira prova ela ruiu de novo...

Nossa fé é constantemente provada, estamos sujeitos a ataques, a entrarmos no entendimento que o mundo tem das coisas.

Somos constantemente atraídos e seduzidos pelas convenções sociais de que tudo pode, que isso ou aquilo não é problema, não vai abalar nossa fé.

Mas é bem assim que o inimigo trabalha, sutilmente, levando todos a consensos que embora estejam todos pensando ou fazendo, não são aprovados por Deus.

Armadilhas, emboscadas preparadas para derrubar as muralhas da nossa fé.

Mas hoje o Senhor quer ajudar você a restabelecer estas muralhas, a reconstruir os muros que protegem sua mente, a levantar novamente a muralha da fé, para que nenhum pensamento, nenhum costume, nenhum senso comum, venha abalar sua fé.

Aqueles homens tiveram a fé restabelecida quando viram um sinal... no partir do pão, esse foi o sinal que reacendeu a chama, que reestruturou as muralhas da fé, caídas em seus corações.

Eu não sei o que o Senhor vai te lembrar neste momento, porque é entre você e Ele, mas certamente Ele vai te lembrar de algo, algo que alicerçou as muralhas da sua fé, e que vão lhe ajudar a novamente se reestruturar e levantar muros ainda mais fortes, muros ainda mais impenetráveis.

Que assim seja na sua vida neste dia, em nome de Jesus.

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